Essa noite

Quando a música começa a tocar
E no balanço
Do embaraço
Vamos a desenrolar
Esses olhinhos
Miudinhos
A me conquistar
É a hora
Das novas paixões
Pecado
É não as viver
E essa noite
Nesse embalo
A nova musica
A tocar...

Benditas

Benditas coisas que eu não sei
Os lugares onde não fui
Os gostos que não provei
Meus verdes ainda não maduros
Os espaços que ainda procuro
Os amores que eu nunca encontrei
Benditas coisas que não sejam benditas


A vida é curta
Mas enquanto dura
Posso durante um minuto ou mais
Te beijar pra sempre o amor não mente,
não mente jamais
E desconhece do relógio o velho futuro
O tempo escorre num piscar de olhos
E dura muito além dos nossos sonhos mais puros
Bom é não saber o quanto a vida dura
Ou se estarei aqui na primavera futura
Posso brincar de eternidade agora
Sem culpa nenhuma

Já estava escrito

Infelizmente existe um certo tipo de pessoa que não sabe se conformar,talvez eu seja uma dessas pessoas e por pior que pareça ser, o melhor é sair de perto logo e quem disse que eu consigo.
O mundo é divido entre os que vão atrás e os que ficam, aceitam.
A questão é que o que te faz mal continuará ali, e os encomodados que se mudem. Como eu queria.
Virar a página, fechar o livro e deixar para trás, como aquelas leituras obrigadas que, quando terminamos, temos a certeza de que nunca mais vamos abrir aquele livro novamente.

Minha roseira

(1º vez que ela floriu, foi essa semana, talvez seja para demonstrar uma nova vida)

É esse cheiro da rosa
Invade minha alma
Acalma meus medos
A cor dela
que reluz
a mim
tão preciosa
quanto ouro
Tão bela
quanto meus amados
tão luminante
quanto a luz

Um trechinho

(...) Chega de fazer fumaça
De contar vantagem
Quero ver chegar junto
Prá me juntar, eh!
Me fazer sentir mais viva
Me apertar o corpo e a alma
Me fazendo suar
Quero beijos sem tréguas
Quero sete mi'léguas
Sem descansar
Quero ver
Se você tem atitude
Se vai encarar...

Se eu fingir e sair
Por aí na noitada
Me acabando de rir
E se eu disser que não digo
E não ligo e que fico
E que só vou aprontar...

(...)

Os olhos

Novos olhos
Olhos que me olham
Olhos que eu encaro
Olhos que me falam
Olhos que fujam
Como ele consegue
Seus olhinhos negros
seus pequenos olhinhos
Profundo
No qual me afundo
É alivio
É felicidade
É paixão
É temor
que um dia vire amor.

O Bar

Um, dois, tres copos de café e a caneta ainda escorregara no papel.
Também quem pede café em buteco?
O barulho do bar, as risadas, algazarras, os cigarros, as piores cantadas do mundo.
Ali no canto o ombro em que já desabafou
Mais a frente aquele que voce já se livrou
Um pouco mais adiante aquele que e odeia
Um pouquinho a esquerda aquele de tenis sem meia (eca)
Aqui ao seu redor elas

Cartas de amor

Sobre a pior idiotice da minha vida:

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

Álvaro de Campos

Tudo por causa da falta

Com sua saia curta,
Com sua blusa decotada
Com seu joguinho de cintura
Ela é adorada
Tudo por causa da falta,

Com seu melhor perfume
Com seu rebolado
Com seu novo penteado
Apenas mais um trocado
Tudo por causa da falta

Com sua sedução
Com sua doce voz
Com seu corpo
Apenas mais um coração
Tudo por causa da falta

Tudo por causa da falta
O amor dela a subistituiu
Por uma de um modelo melhor
Mas ela sente falta
Mas ninguem preenche
A sua falta

A praia

Passar a tarde sentada na beira da praia
a onda vindo e voltando
criando reboliços
o vento agitando
mudança da maré
a brisa te tocando
a areia rolando
O cheiro que só a praia tem.