segunda-feira, 26 de maio de 2008

Quebrada
Despedaçada
restos de uma solidão
Solidão jogada ao vento
Um céu cinza
A mão cortada
Sangra nos minutos de silêncio.
Lugar úmido e frio
E fui ai que encontrei
E foi ai que amei
Amei ter encontrado a paz.
Lugar parecido com deserto
Deserto cheio
Frio e quente
Nem sem as minhas coordenadas
Muito menos a direção.

domingo, 25 de maio de 2008

Mal-estar

A dor de cabeça, a fadiga, a ânsia, esse mal-estar composto de vários mal-estares.
Mal-estares que eu berrarei qualquer dia desabafarei talvez depois de baforar, desmoranarei depois de embriagar, não eu não suporto, não eu não aguento, logo vem em mente.
As rimas mal sucedidas, hoje me causam isso, são simplesmente ridiculas, para pessoas ridiculas, para dias ridiculos, de uma vida ridicula.
E hoje sinto a falta do frio mesmo sendo um inverno frio.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Queimada...

...frase, frases, amontoadas em folhas, frases imundas, então ela risca um fósforo, puxa um cigarro do maço e queima palavra por palavra entre as tragadas. Bom ela não queria queimar as palavras, ela queria era queimar tudo aquilo que continha por detrás daquelas palavras. Então ela queima, talvez passara semana inteira, lê uma palavra, dá uma tragada, em seguida as queima. Queima-las é como queimar a parte da vida que ela detestou ter vivido

Enquanto isso..

... Faremos tantos planos, nos devemos tantos dias, dias e dias juntos. Matar os nossos deuses e demônios, a ilusão do seu rosto em outro rosto, é o desejo que nos faz cometer enganos. ( diz carol ou carolina diz)

terça-feira, 6 de maio de 2008

Para aquele que mora longe.

Para o que mora longe e queria que estivesse por perto.
Puxo qualquer papel, risco quaquer coisa enquanto olho a rua, o rio, o ceú, o mar, o abismo, o infinito, o fim, o começo, o medo e arrisco qualquer verso.
Verso ou versos e te mostro o gosto amargo e/ou doce do momento.
Tudo porque pego-me pensando.
E de repente as interrogações será que você está vendo a mesma lua e estrelas que ali avisto?

Ah, (...)

Ah, como é horrivel
-inferno
Ah , como tanto demora
-eterno
Ah, como é profundo
-interno
Ah, como tanto aparenta
-externo

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Que tal morrer?

Não, não pode ser. Não, não acredito.
(Toc- Toc, toc-toc, TOC-TOC)
Bate, rehbate é algo persistente, bate com tremenda força. Opa pare, pare você não ouve meu grito não quero que entre, pare...pare...desista, vá procura algo num daqueles tablóides. É bom parar eu não abrirei porta nenhuma. Sai de perto, pare de bater, pare. Porque é tão inconveniente hein? porque sempre aparece? porque não se cansa? Eu estou cansada. O sufoco que devia estar morto, como ressucitais? Dolorosamente então você derruba porta, invade, é frio, é sarcastico, é inerte. Então lembro-me o quanto lascinante és. Estava nos sonhos, nas lembranças, nos contos. Mas trapaceastes e trupequei, cai, voei ao chão como criança. Sentes esse cheiro? É o cheiro do meu sangue que escorre. Eu pedi. Não ouviste. Depois todos falam que és necessário. Necessário seria se tu morrestes. Que tal morrer? Morra, morra. E desesperadamente, ufa matei-o consegui fugir dele e/ou deles.

O vento sopra!


O vento sopra! Sopra as nuvens e essas formam desenhos. Sopra as árvores e estas cantam. Sopra a água do rio e a marola fala. Mas distante ele sopra o mar esse berra, grita, mesmo de tão longe você pode ouvi-lo.
Por que o vento sopra e ainda continuaria a soprar e trazer as letras enfileradas que ainda faltavam para concluir algumas palavras. Palavras que embora não tivessem nunca sido escritas sempre foi falada mesmo em voz baixa. E o vento sopra e assopra.