sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O fim de outubro

Os dias passam, a caro Outubro lhe suplico que mates e tires de ti essas sobras que existem de mim.
Que no próximo mês vire a página e recomece seu livro, prometo-lhe que todas as folhas poéticas que escreverei sobre ti caro outubro queimarei com o ódio que terei de mim.
Eu sei e você sabe que qualquer tentativa em meio de indecisão fraquejaria a ponto de dilacerar uma das partes.
Talvez alguns dias existira um abismo do vazio impreenchivel dentro de mim.
Mas cada um sabe o que te espera, e talvez eu também saiba.
E nada impede que um dia a solidão me afogue, mas enquanto eu me afogar me lembrarei de você.

domingo, 19 de outubro de 2008

Sobre a ausência


"Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.E lastimava, ignorante, a falta.Hoje não a lastimo.Não há falta na ausência.A ausência é um estar em mim" ( Carlos Drummond)


Não é questão de falta, é a saudade que surge por causa ausência que te infecta. Matar as saudades é poder tocar seu corpo, te sentir próximo, te sentir dentro, te sentir do lado. Mas a ausência só traz saudade, saudade doe sem ao menos te cortar, saudade fede sem ao menos ter cheiro. É o seu deitar na cama e se apertar em lençóis e travesseiros a sua procura , porém o que encontra-se é a ausência. São egos que eu nego. Quanto o poder de previsões quando penso em ti elas são grandes idiotices, meras previsões que eu achava uma furada que na realidade só se confirmam, talvez doa assim por não ter acreditado desde o ínicio. Ou doa porque a ausência não tem como ser tocada, não tem calor, mas não tem também frio, é simplesmente algo que não se vê e se sente assim como você.

Fim

Bem é preciso saber entender e aceitar, é preciso reconhecer que tudo acaba, é preciso saber que estas ao rumo final. Mesmo que seja horripilante a idéia de jogar fora no lixo mais próximo as lembranças e todo aquele amor. Mas faz parte assim como fechar uma janela, assim como fechar uma porta, assim como dar adeus é necessário terminar histórias.Podemos dar mil nomes, alguns diretos que podem até a vim a ofender outros bunitinhos só pra amenizar a dor do fim, mas a questão é deixar no passado o que já passou e aconteceu, o negócio é não deixar o passado contaminar seu futuro.É preciso saber que tudo chega num final.