terça-feira, 10 de agosto de 2010

Os dois e as duas

O primeiro foi seus olhares a me conquistar,
não seus olhos verdes, mas olhares me corrompendo.
Foi com ele que aprendi a amar,
seu jeito de homem bobo sempre falando.

Ele era o gigante sempre a cantar,
a todos vivia sempre encantando.
Sua cara torta sempre a se entortar
e seus cabelos compridos sempre balançando.

O segundo foi suas mãos a me tocar,
com toda delicadeza acabou me conquistando.
O lado da calçada sempre a disputar,
realmente na paixão acabei acreditando.

Ele era o sistemático sempre a ablaquear,
sua própria cova sempre venerando.
Seus cabelos da sua cabeça sempre a despencar,
e sua barba sempre falhando.

Foi assim a me apaixonar,
sempre me apaixonando...

Nenhum comentário: