terça-feira, 6 de abril de 2010

Clarice

ELE foiembora... novamente uma despedida dentre outras que ocorrerão durante a vida de Clarice.
São os amores fortes, ardentes, porém não resistentes o suficiente para durar o quanto suspeita-se que deveria.
Recorda da cama mal arrumada, lençois amassados, travesseiros desorganizados... a roupa jogada atrás da porta... o aroma do cigarro ainda no ar...
Levemente ao tocar os lençois pode-se ainda sentir o calor dele ainda ali, sua presença ainda habita aquele ambiente e o coração dela.
Clarice levanta-se da cama... caminha até o interruptor... ascende a luz... olha-se ao espelho ainda encontra-se nua parecendo um dejeto humano.
Seu cabelo está bagunçado, cheios de nôs entre os fios, a maquiagem toda borrada, a olhereira bem visivel monstrando o desgaste daquela noite...
Mas como sempre algumas horas depois, ele volta para a rotina diária dele construindo a história dele... e esquecendo de inserir Clarice na trama principal como a dona de seu amor... porque simplesmente ele não descobriu ainda que é ELA.

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